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                Magia do Cordel
                
                http://www.cronopios.com.br/site/poesia.asp?id=80
                
                A Literatura de Cordel, mais que centenária no Brasil, tem suas 
                origens ocidentais e pré-medievais no universo poético de Provença, 
                França, com os trovadores albigens(com destaque para Arnaud Daniel 
                e Rimbaud Daurenga).
                As influências são multidiversas:desde a poesia árabe-semítica, 
                mediterrânea, hindu e persa à poética egípcio-hebréia- greco-latina 
                e afro - indígena tupiniquim...
                Entretanto, a Poesia de Cordel tem a sua força na expressão ibero-lusitana 
                -brasilíndia e galego-castelã...Sem esquecer da verve provençal.
                Foi na Espanha de Cervantes e em Portugal de Camões e Gil Vicente 
                , que a poesia de cordel ganhou feição e postura literária.
                É na poesia cavalheiresca e trovadoresca que o cordel se inspira 
                e alimenta-se de forma pungente e pujante, principalmente a partir 
                dos 12 pares da França, das gestas e epopéias, dos Templários, 
                da Távola Redonda do Rei Arthur, de El Cid, O Campeador, dos cavaleiros 
                e Cruzadas e da obra monumental de Camões e Cervantes, ambos influenciados 
                por Dante Alighieri.
                Os reis trovadores Dom Diniz e Dom Duarte foram nossos precursores 
                ibéricos e alicerces para a futura Literatura de Cordel nos países 
                de língua portuguesa.
                A Literatura de Cordel foi enriquecida pela criatividade e maestria 
                de Gil Vicente, Camões, Gregório de Matos, Bocaje, Castro Alves, 
                Rabelais, Cervantes, Catulo da Paixão Cearense, Juvenal Galeno, 
                Ascenso Ferreira e dos mestres e pesquisadores da cultura popular: 
                Leonardo Mota, Luiz da Câmara Cascudo, Ariano Suassuna, Jorge 
                Amado, Glauber Rocha, João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, 
                José Américo de Almeida, Sebastião Nunes Batista, Sílvio Romero, 
                Cavalcanti Proença,Vicente Salles, Téo Azevedo, Orígenes Lessa, 
                Mário Lago, Jerusa Pires Ferreira, Joseph Luyten, Mark Curran, 
                Silvie Raynal, Raymond Cantel, Zé Ramalho, Rogaciano Leite e tantos 
                outros nomes de destaque. No Brasil, o cordel ganhou estatura 
                poética no Nordeste do Brasil, pelas bandas do Sertão do Cariri, 
                do Pajeú, da Serra do Teixeira, Campina Grande, João Pessoa, Caruaru, 
                Juazeiro do Norte, Crato, Recife, Fortaleza, Salvador, Serra Talhada, 
                Mossoró, Caicó, Paulo Afonso, Feira de Santana, Juazeiro, Petrolina, 
                Irecê, Chapada do Apodi, Serra da Borborema, Chapada Diamantina, 
                Rio, São Paulo, Brasília e pela vastidão dos lugarejos, povoados, 
                arraiais, vilas e cidadelas da caatinga e do agreste, com os vates 
                - poetas Leandro Gomes de Barros, Rodolfo Coelho Cavalcante, Francisco 
                Chagas Batista, Francisco Sales Areda, Manoel Camilo dos Santos, 
                Minelvino Francisco da Silva, Caetano Cosme da Silva, João Melquíades 
                Ferreira da Silva, José Camelo de Rezende,Teodoro Ferraz da Câmara, 
                João Ferereira de Lima, José Pacheco, Severino Gonçalves de Oliveira, 
                Galdino Silva, João de Cristo Rei, João Ferreira de Lima, Antônio 
                Batista, Laurindo Gomes Maciel, Manuel Pereira Sobrinho, Antônio 
                Eugênio da Silva, Augusto Laurindo Alves( Cotinguiba), Moisés 
                Matias de Moura, Pacífico Pacato Cordeiro Manso, José Bernardo 
                da Silva, Cuíca de Santo Amaro e João Martins de Athaide, Francisco 
                Gustavo de Castro Dourado( Amargedom), João Lucas Evangelista, 
                Zé de Duquinha, Audifax Rios, Bráulio Tavares e Rubênio Marcelo 
                e nomes que são destaque no cenário da Internet:
                Almir Alves Filho, Anízio Guimarães, Benedito Generoso da Costa, 
                Daniel Fiuza, Domingos Oliveira Medeiros, Francisco Egídio Aires 
                Campos(Mestre Egídio), Guaipuan Vieira, José de Souza Dantas, 
                Lenísio Bragante de Araújo.(Todos os últimos citados são colaboradores 
                da Abrali - Academia Brasileira de Literatura), entre outros nomes 
                significativos do passado e da atualidade, entre tantos baluartes 
                da Poesia Popular e do Romanceiro do Cordel...
                Convém ressaltar figuras de destaque, mistura de cordelistas e 
                cantadores como Zé Limeira, lendário Poeta do Absurdo, de Orlando 
                Tejo e Patativa do Assaré, da Triste Partida, Zé da Luz, Raimundo 
                Santa Helena, Azulão e Franklin Machado Nordestino. Além de centenas 
                de cordelistas que divulgam os seus trabalhos na Internet. Temos 
                até a Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
                O cordel continua e sobrevive(com seus diversos ciclos), apesar 
                das idiossincrasias, intempéries e dificuldades e das antropofagias 
                da Indústria cultural midiática e globalizante...A linguagem tradicional 
                sobrevive nas ondas da Web.
                É imprescindível a abertura de espaços e fóruns de discussão e 
                de publicação de textos de cordel, de autores tradicionais e contemporâneos, 
                para dinamizar o movimento da Poesia Popular..A Internet é um 
                espaço primordial... Caso queirar conhecer e apreciar um pouco 
                mais sobre cordel, visite:
                www.gustavodourado.com.br/cordel.htm
                
                
                
                Uma homenagem a Haroldo Campos
                
                
                Haroldo de Campos
                
                
                
                Transidera-se nos campos da Poiesis
                
                Nas Cosmigaláxias do Infinitom:
                
                Absconcretiza-se em uni...versos...
                
                Lá se foi o Alquimista - Poeta
                
                Para além dos cinco sentidos
                
                Transluminurar-se candeeiro
                
                Hierofante da Vida.lingu@gen
                
                No eterno caminho da Agoridade...
                
                Navegante sígnico das estrelas.
                
                Transmigrou-se pelo Sidério
                
                Foi-se Transblanco revisitar Octávio
                
                Borges - Pound - Heráclito
                
                Lá se vai o Poeta nas trilhas do sem-fim
                
                Pelos túneis da Eternideidade:
                
                Ao encontro de Drummond - Cabral
                
                Via Faustino - Torquato...
                
                Oswald - Sousândrade
                
                Homero - Camões - Bashõ...
                
                Num átimo Linguátomo nos céus
                
                Às mansões de Noigandres
                
                Tornar-se pós-futurista: transmoderno...
                
                
                Ao teu encontro virão:
                
                Dante - Maiakóvksi
                
                Glauber - Khlébnikov
                
                Ungaretti - Leopardi
                
                Cümmings - Williams
                
                Rimbaudelaire: BlaKeats
                
                Yeates e Célan
                
                Lorca e Neruda
                
                Elliot - Verlaine
                
                Adorno e Benjamin
                
                Marx e Lukácks
                
                Nietzsche - Heidegger
                
                Shakespeare em Pessoa
                
                E de repente os trovadores
                
                Os repentistas- cantadores
                
                ArnauDaniel - RimbauDaurenga
                
                Zé Limeira e o Cego Aderaldo...
                
                
                Te aguardam:
                
                Novalis - Mallarmé
                
                Pound- Fenollosa
                
                Joyce e Goethe
                
                Guima e Machado
                
                
                Num xadrez de estrelas
                
                A arte no horizonte do provável
                
                Panaroma em Signantia
                
                
                
                Transmuta-se em Ideograma
                
                Hieróglifo da Metalinguagem
                
                Para além do Palimpsesto
                
                
                
                Vai-se Zen pelas Galáxias
                
                No Ser tao do Infinito
                
                Reescreviver na Via-Láctea ...
                
                
                
                Homen(s)agem de
                
                
                
                Gustavo Dourado, E-mail: gustavodourado@yahoo.com.br
                
                www.gustavodourado.com.br
                
                www.gustavodourado.com.br/cordel.htm
                
                www.gustavodourado.ebooknet.com.br
                
                Site e antologia selecionados pela Unesco
                
                
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