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                escalada da rampa do palácio
                (por Vânia Moreira Diniz)
                
                Passaram as festas do fim de ano 
                e me encontro radiosa , não sei porque , talvez a certeza de um 
                ano diferente , intenso e maravilhoso. A esperança dos dias de 
                sol, das estrelas resplandecentes, da lua dourada a contar-nos 
                segredos, do céu azul e as nuvens como algodão a se espalharem 
                pelo firmamento e até da chuva vitalizadora e fria transmitindo 
                ao solo a riqueza que ela merece.
                
                A presença de um líder que meu tempo não conheceu, a sua fé, na 
                certeza do amanhã, o otimismo que o nosso Lula fez questão de 
                declarar, as palavras transbordantes de carinho e conforto, a 
                alegria do povo brasileiro mostrando o quanto de esperança guardam 
                no peito, o meus irmãos de caminhada sempre com um sorriso no 
                rosto á espera de abraçar o seu presidente.
                
                Nunca tinha visto tamanho clamor popular de união, força e vitória, 
                de olhares ausentes de tristeza, corações exultantes a derramarem 
                vida e vigor desenfreado. De riqueza na miséria, de glória esfuziante, 
                de igualdade, fraternidade , sem exclusões como se todos nós estivéssemos 
                de mãos dadas. Como deveria ser sempre! De mãos dadas! E cada 
                vez mais queria viver daquela certeza que eu sentia em todos os 
                semblantes. 
                
                E no fundo de todos nós, existia a convicção de que éramos realmente 
                irmãos fosse na alegria ou na desdita. Isso é o que contava naquele 
                momento que ninguém se importava com cansaço, espera, tempo ou 
                qualquer outra coisa que não fosse confiar naquele homem que havia 
                um dia passado fome. E que ali, diante de toda a população brasileira 
                sorria com a alegria de se misturar ao povo, que viera generosamente 
                de todos os recantos do país.
                
                Foi isso que eu vi, ontem emocionada, sensibilizada, mobilizada 
                por uma fé jamais conhecida, com a alma repercutindo ecos radiantes 
                de expectativa e certeza, confiança e amor.Foi isso que presenciei, 
                os olhos molhados de tocante admiração por esse povo maravilhoso 
                que é capaz de recuperação extraordinária quando pressente qualquer 
                ímpeto de ternura, boas intenções, bondade e resposta aos anseios 
                mais caros. 
                
                Foi isso que captei revigorada no nosso Presidente que já passou 
                por tudo que a maioria do povo conhece literalmente e cuja esperança 
                ele quer resgatar na maior prova de dedicação amor e carisma jamais 
                vistas em longos anos de desespero e sofrimento.
                
                Foi isso, que completamente harmonizados, nós povo brasileiro, 
                sentimos ontem e continuamos a sentir hoje, nossas vozes interiores 
                entoando acordes ritmados de esperança, confiantes no homem que 
                passou por todas as escalas de necessidade e sofrimento e sobrepujou 
                o desespero, lutou pela cidadania de seu povo e escalou com persistência 
                e fé a rampa do palácio do planalto.
                
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